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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Empanadas em Buenos Aires:

O clássico argentino: empanadas e vinho. Quem vai passear em Buenos Aires nessas férias não pode deixar de experimentar. Conferimos alguns locais na capital argentina que merecem ser visitados, consideramos que alguns deles não têm uma carta de vinhos muito boa e em outros achamos o local pequeno demais... mas nosso foco foi a empanada.



“El Sanjuanino”: o local, aberto há mais de 4 décadas é um clássico da cidade, mantém aquele ambiente caseiro de província com os quadros e a decoração típica. A melhor empanada: a de carne picante acompanhada com um Cabernet Sauvignon ou Tannat. Ou para quem preferir uma opção vegetariana a empanada de humita (pasta de milho um pouco picante) acompanhada de um Torrontés na temperatura certa.
O local tem 3 endereços em diferentes bairros da cidade:
Posadas 1515, Recoleta
Sánchez de Bustamante 1788, Barrio Norte
Pedro Goyena 700, Caballito
E a novidade! Já começaram com as franquias.

“La Fachada”: Com o estilo característico do bairro de Palermo, La Fachada oferece um cardápio de pizzas e empanadas excelente. Ainda mais, o que seria uma novidade no ambiente das empanadas, além das clássicas eles tem também empanadas abiertas, entre elas desatacam-se a de panceta y ciruela (bacon e ameixa), a de calabresa e a de berenjenas (berinjela). Para quem prefere ficar nas empanadas clássicas, a dica é a santiagueña (carne suave).
O endereço: Araoz 1283, Palermo.

“La Morada”: ambientado com cartazes, brinquedos, fotos, figurinhas de futebol e objetos muito originais, de forma tal que acaba parecendo um museu das décadas de 50, 60 e 70.  Difícil escolher a melhor empanada, são várias: a de longaniza calabresa ou a de muzzarela, manjericão e tomate. A carta de vinhos é um pouco fraca, mas dá para acompanhar com alguma excelente opção de Finca Las Moras.
La Morada tem 2 endereços:
Hipólito Yrigoyen 778, Centro.
Larrea 1336, Recoleta.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Vinho até com sushi.

Em geral quando queremos alcançar o equilibrio perfeito entre comida e bebida tentamos seguir algumas regras básicas de harmonização, no caso o que melhor se aplica ao sushi é a clássica combinação regional: Sushi e sake. Mas quando se trata de gostos, o panorama pode ser bem mais amplo... então vale a pena tentar brincar um pouco com as combinações até encontrar a da sua preferência. 
É claro que a cerveja também acompanha muito bem este clássico da comida oriental e o mesmo acontece com os vinhos espumantes. Ambos são refrescantes e os toques aromáticos de fermento enfatizam o sabor doce do sushi. Mas não é todo dia que bebemos vinho espumante, então porque não achar um companheiro de preço mais acessível?



 Entre os vinhos brancos podemos procurar os que têm uma acidez equilibrada e agradável, como pode ser um Torrontés ou um Sauvignon Blanc. Os brancos frutais (pêra, pêssego, maçã) destacam os aromas das especiarias e o picante da soya e do gengibre.
Vale a pena também experimentar com algum Gewürztraminer chileno com notas de especiarias, pratos orientais e complexos em aromas combinam muito bem com esta variedade de vinho branco.

Para quem prefere os vinhos tintos, deve tentar escolher vinhos sem madeira e levemente tânicos.
Recomendo especialmente o Pinot Noir que combina muito bem com os sabores, aromas e temperos da comida oriental em geral. A delicadeza do Pinot Noir e as suas notas de ervas com as especiarias e toques doces do sushi geram um efeito sensorial interessante.


terça-feira, 22 de novembro de 2011

Dicas para não estragar um vinho:

Para não ficar desapontado com aquele rótulo caro, nem estragar um jantar esperado ou um bom vinho é preciso prestar atenção, e ter alguns cuidados na forma em que guardamos e servimos o vinho para que ele seja degustado perfeitamente.
Portanto é preciso tirar alguns maus hábitos e aqui vão alguns conselhos:


- Cuidado com cheiros fortes e o calor:
Como todo mundo já sabe a cozinha não é o lugar certo para guardar os vinhos, as altas temperaturas podem estragá-los. Infelizmente os desenhadores de móveis de cozinha continuam fazendo pequenas adegas para colocar os vinhos, mas as oscilações de temperatura estragam não só o sabor do vinho como também a cor e o aroma.
É por isso que devemos conserva-los em lugares mais frescos, mas cuidado... você  não pode, nunca, guardar seus vinhos no armário dos produtos de limpeza ou próximo a outros alimentos de cheiro forte porque com certeza seu vinho será contaminado com esses odores. Não será muito legal abrir um Pinot Noir com cheiro de cândida...

- Taças:
Mesmo que pareça só um detalhe menor, não devemos beber o vinho em qualquer tipo de copo.  Além da forma da taça o material é importante, o recomendado são as taças de cristal ou semi cristal, mesmo sendo de vidro, o mais importante é cuidar da limpeza delas, qualquer cheiro que ela tenha poderá contaminar o vinho, a taça também deve estar perfeitamente enxaguada e seca.

- Atenção à temperatura de serviço:
Errar na temperatura na qual bebemos o vinho pode fazer toda diferença. Não esqueçam que vinhos espumantes se bebem frios, vinhos brancos por volta dos 10° e tintos entre os 12° e 15°, dependendo do tipo. Mas isso não quer dizer que 10 minutos antes dos convidados chegarem você vai por a garrafa no freezer para que o vinho alcance a temperatura de serviço adequada. As oscilações tão extremas de temperatura não são indicadas. O melhor para deixar o vinho na temperatura certa caso você não tenha uma adega climatizada em casa é coloca-lo em um balde com gelo, assim o choque de temperatura não será tão forte.

- Harmonização errada:
Existem alguns alimentos que, ao serem acompanhados com vinho deixam um gosto um tanto desagradável. Várias verduras entram nesta lista como, aspargos, alcachofras e a maioria dos verdes fibrosos de sabor amargo.  Outros inimigos são os pratos ou alimentos muito salgados, a gema de ovo crua, e alguns pratos muito picantes.
Leia o artigo sobre dicas básicas de harmonização:


sábado, 19 de novembro de 2011

1° Congresso Internacional de Turismo do Vinho



Para comemorar o aniversario da declaração do vinho como bebida nacional argentina será realizado em Mendoza o 1° Congresso Internacional do Turismo do Vinho nos dias 23 e 24 de novembro.

No dia 23 será apresentado o plano de consolidação do enoturismo argentino, que toca assuntos como sustentabilidade, objetivos que pretendem ser atingidos durante o ano 2012 e melhoria nos serviços turísticos.

No dia seguinte as apresentações serão dos expositores de Chile, Uruguai, Brasil, Peru e México.  Também haverá lugar para oficinas sobre marketing, comunicação, patrimônio e cultura. A ideia é criar um espaço para a troca de informações e experiências de sucesso no setor do enoturismo. Procura-se também, aprofundar na situação de cada região vitivinicola e focar no seu potencial para o desenvolvimento do turismo do vinho.

Estarão presentes diversos atores do setor tanto entidades públicas quanto privadas, empresários das vinícolas, dos hotéis e das agências de turismo. O Congresso é organizado pelo Ministério de Turismo da Nação, Bodegas de Argentina e os governos provinciais de Mendoza, San Juan, Salta, La Rioja, Catamarca, Córdoba, Neuquen, Río Negro e a Corporação Vitivinícola Argentina (COVIAR).

O turismo do vinho ainda representa só 2,89 % do turismo total da Argentina. 

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Como trazer seu vinho comprado no exterior

Para quem visitar as regiões vitivinicolas da Argentina na próxima temporada e quiser aproveitar os bons preços de excelentes rótulos (que no Brasil custam o dobro ou mais), siga as dicas e aproveite para comprar vinhos que não se encontram no Brasil: 

É permitido o ingresso de até 12 litros por pessoa ao Brasil, mas você tem que despacha-los junto com a sua bagagem, nãe é permitido trazer as garrafas na cabine do avião. 

As garrafas tem que ir empacotadas, para isso é recomendado utlizar as wine packing box que são caixas de papelão que na parte interna tem isopor para proteger as garrafas. Com essas caixas de papelão e isopor as garrafas vão sobreviver a qualquer maltrato nos aeroportos! 

Você pode encontrar esses práticos caixas em qualquer vinoteca das cidades. Elas vem com espaço suficiente para 2, 4, 6 ou 10 garrafas.





  
Se você vai viajar para Mendoza, San Juan ou Salta e quer mais dicas de viagem escreva para:  
vinhosdonovomundo@gmail.com 

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Chegou a primavera!!

Finalmente a primavera chegou no hemisferio sul e com o aumento da temperatura os vinhedos começam, aos poucos, a "acordar" depois do letargo do inverno.
Nas fotos podemos ver como os vinhedos estão começando a brotar e dentro de alguns de meses já poderemos ver os cachos!
É realmente muito legal poder acompanhar o ciclo dos vinhedos e as mudanças da paisagem em cada estação do ano.







segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Dicas básicas de harmonização

Na maioria das vezes que bebemos vinho o fazemos acompanhado de algum tipo de alimento, portanto devemos saber que existem inúmeras combinações possíveis para escolher, provar, experimentar... Claro que algumas serão perfeitas e outras não tão boas, já que nem sempre combinar comida e vinho é tão simples, mas vale a pena experimentar e conhecer um pouco mais sobre quais são as suas preferências na hora de harmonizar.

Lembre-se que cada comida tem seus sabores e textura que a caracterizam, e a partir dos quais podemos descrevê-la, a mesma coisa acontece com os vinhos, cada um tem suas tipicidades (álcool, taninos, açucares, acidez...) que não podem ser ignoradas na hora da harmonização.

 Aqui vão algumas dicas de harmonização de vinho e comida:

Um vinho tânico (tinto de sabor mais forte e adstringente na boca) combina perfeitamente com comidas mais protéicas e gordurosas. Se utilizarmos o mesmo tipo de vinho para uma comida mais leve o vinho fará com que a comida perca relevância e ela quase não terá sabor. Por isso recomendamos combinar vinhos mais tânicos ou com um teor alcoólico mais alto com pratos mais fortes como alguns cortes de carne, sempre os mais gordurosos.



Vinhos brancos e rosados com um nível de acidez mais marcado combinam perfeitamente com comidas mais picantes, como podem ser alguns pratos mexicanos ou peruanos, como também com comida tailandesa. Saladas e pratos de verão, em geral, se equilibram muito bem com vinhos brancos ou rosados.

Vinhos brancos doces, como uma colheita tardia, combinam muito bem com alguns queijos como o gorgonzola, vale a pena tentar diferentes combinações de texturas!

Ceviche acompanhado de um Pinot Grigio

Sempre devemos lembrar que o objetivo é manter o equilibro entre comida e vinho, tentando produzir uma sensação prazerosa. É importante saber na hora da escolha do vinho para a comida certa quais são os ingredientes que aquele prato tem. Conhecer o prato nos permitirá saber com qual vinho acompanhar.

E por último, não classifique um rótulo de vinho como ruim só tendo experimentado uma garrafa dele, a primeira impressão pode não ser a melhor. Talvez você não tenha experimentado ele no momento certo ou a combinação com o prato não tenha sido a melhor, então dê mais uma chace ao vinho.

Não fique nas harmonizações clássicas, faça novas combinações até achar a que você mais gosta!


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Vinho e chocolate, a combinação perfeita?


Essas duas palavras podem soar muito bem, só de pensar nelas já da água na boca, mas o que não todo mundo sabe é que vinho e chocolate não são tão simples de combinar e que devemos levar em conta alguns detalhes para não ficarmos desapontados.

Talvez aquele chocolate que a gente mais ama não é o que melhor combina com o vinho tinto que a gente gosta beber. Mas podemos achar o vinho certo para aquele chocolate ou o chocolate certo para nosso vinho tinto preferido.

Aqui vão algumas dicas para poder experimentar diferentes combinações escolhendo o chocolate e o vinho certo:

Seja qual for o vinho, o mais importante é que o chocolate seja de excelente qualidade.

Os chocolates amargos (70% para cima) são os que melhor combinam com vinhos tintos. No caso do chocolate amargo temos que tentar achar um vinho tinto de boa estrutura, já que o chocolate vai deixar na nossa boca aquele sabor de final amargo e persistente, é por isso que o vinho tem que ser o suficientemente tânico para que o chocolate não cubra o vinho. Tem que ser uma combinação equilibrada onde nenhum dos dois elementos se sobresaia. Podemos tentar combinar o chocolate amargo com vinhos evoluídos que tenham os mesmos aromas que encontramos no cacau, como toques de madeira, frutos maduros, torrados. Vale a pena experimentar chocolate amargo com variedades como Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Zinfandel.

Chocolate branco é um pouco mais difícil de harmonizar (mas, tem gosto para tudo neste mundo), o chocolate branco é pura manteiga, por isso junto com o vinho acaba gerando uma sensação não tão prazerosa no palato. Caso queiram fazer a prova os que melhor combinam são vinhos brancos de colheita tardia.

Quando queremos harmonizar chocolates recheados podemos buscar por semelhança entre os recheios e os aromas e sabores do vinho, por exemplo, chocolates com frutas secas, uva passa, ameixas ou figos banhados em chocolate combinam muito bem com Malbecs frutados e evoluídos.

Por outro lado, também podemos tentar uma harmonização baseada em opostos, e uma que fica perfeita é trufa de chocolate com vinho espumante. A trufa é de textura cremosa enquanto o vinho espumante é seco e borbulhante, ambos juntos na boca nos causam uma sensação prazerosa.

Façam da combinação do vinho com o chocolate toda uma experiência... e depois me contem.

Saúde!


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Como escolher o vinho adequado ao seu perfil:


Cada pessoa tem diferentes gostos. Escolher um bom vinho não depende do preço, se não do gosto ou perfil de cada um. Para poder saber de que tipo de vinho gostamos, é preciso provar a maior quantidade de rótulos possíveis!

Então, procure experimentar vinhos diferentes e não permaneça no mesmo de sempre. Não fique preso a pontuações e rankings, faça você mesmo os testes até achar o vinho certo para você. O melhor vinho para você é o que você mais gosta!
Abaixo deixo algumas dicas para você achar seu perfil:

- Procure lojas especializadas e sinta-se livre para fazer todas as perguntas que quiser ao vendedor, ele pode ajudar você a encontrar seu perfil. Mas não se case com nenhuma loja, fique ligado aos lançamentos e ao catálogo de mais de uma loja especializada.
- Seja paciente. Vai precisar de um tempo até você descobrir o que você mais gosta.

- Estabeleça quanto você quer gastar, lembre-se que você esta procurando o vinho que mais combina com você e falar que os vinhos mais caros são os melhores é mito. Um vinho pode ser muito caro, mas você pode simplesmente não gostar de algumas características dele.
- Descubra que tipo de vinhos você mais gosta: os do “Novo Mundo” ou os de “Velho Mundo”.

- Muito importante: tome nota! Pois você não conseguirá lembrar...Pegue um caderninho e vá anotando o rótulo que você provou, a safra, o tipo de uva, com que comida você acompanhou etc. Faça seu próprio ranking, por exemplo, fazer uma escala de 1 a 5 onde 1 significa que você não gostou, e 5 que gostou muito é uma boa maneira de começar.

Saúde!

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Single Vineyards, para paladares experientes…


 

A tendência dos Single Vineyard tem cada vez mais espaço entre os vinhos Premium da América do Sul. Um vinho de Single Vineyard – a tradução seria de vinhedo único- é um tipo de vinho especial, já que é elaborado com uvas de um único e declarado vinhedo com características surpreendentes. A idéia é que o vinho tenha uma identidade especial e única, que é o reflexo de um terroir determinado e em um momento especifico.

Esta tendência não é nova, foi a que um dia deu origem aos Crus de diversas categorias na França ou na Espanha aos vinhos De Pago. Agora os produtores do Novo Mundo – Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos, Chile, Argentina entre outros – querem seguir aqueles passos.
Seria uma espécie de identificação geográfica registrada, com o objetivo de dar protagonismo aos vinhedos especiais e que faz questão de marcar as diferenças que uma mesma variedade pode expressar vindo de diferentes vinhedos.

No mercado sul americano existem os vinhos varietais e os blends ou cortes. Os primeiros são elaborados com pelo menos 85% de uma mesma variedade de uva, enquanto os blends ou cortes são os vinhos em que nenhuma das variedades alcança os 85%.

A classificação de Single Vineyard é como uma competição de varietais, onde cada vinho varietal vai apresentar as características mais típicas e marcantes do seu terroir. Estas características diferentes são influenciadas pelo tipo de solo, clima, água, altitude do local, etc.
Vale a pena apreciar o esforço que algumas vinícolas vem fazendo.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Quando o vinho esta em mal estado?


Aqui mencionamos alguns cheiros que nos indicam que um vinho sofreu algumas modificações e não esta no estado ótimo para bebê-lo.

Quando abrimos uma garrafa nos preparamos para sentir aromas agradáveis, característicos da bebida. Então, o que acontece se a garrafa que abrimos cheira a ovo podre ou xarope para a tosse?

Não é necessário ter conhecimentos muito profundos para perceber se o vinho esta bom ou não. Preste atenção nas dicas da especialista americana Mary Orlin:

1. Jerez:
Se o vinho tem cheiro de Jerez ou de nozes velhas quer dizer que esta oxidado. Isso pode ser conseqüência de não ter sido guardado no lugar certo ou que ele foi exposto a altas temperaturas. Também podemos reparar na cor, se ele esta mais perto de um vermelho- laranja para um vinho tinto, ou de um dourado para um vinho branco, foi por causa do calor.

2. Vinagre:
Neste caso apenas ao abrir a garrafa vai perceber um cheiro de vinagre ou de acetona para as unhas, é por causa de alterações bacterianas e é melhor trocar de garrafa.

3. Ovo podre:
Por causa da presença de sulfuro, é mais difícil, mas pode acontecer que em alguns países a vinícola utilize um excesso de sulfuro na elaboração do vinho para evitar a formação de micróbios.

4. Xarope para a tosse:
A brettanomyces é uma levedura utilizada na elaboração de bebidas alcoólicas como vinho e cerveja. O cheiro dela é parecido com o de xarope para a tosse.

5. Rolha:
Encontramos esse cheiro quando a rolha esta infectada pela bactéria (conhecida como TCA). Se bebermos esse vinho não fará mal para a saúde, mas o cheiro não é agradável.

6. Fósforo:
Quando abrimos uma garrafa e o vinho tem o cheiro de um fósforo recém acendido, a culpa é dos sulfitos, que são adicionados ao vinho para evitar o desenvolvimento de bactérias. Acontece mais comumente quando o vinho é recém engarrafado.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Como pedir vinho num restaurante, em 3 passos:


1- Consulte ao sommelier:

Muita vezes acontece que por vergonha as pessoas acabam pedindo o mesmo rótulo de sempre ou o mesmo vinho que consomem em casa e já conhecem. Não sinta vergonha de fazer perguntas, é para isso que os restaurantes têm uma pessoa especializada no salão. Eles estarão dispostos a ajudar você na escolha de um vinho que acompanhe corretamente o seu prato.

2- Tente sair das estruturas:

Você pode inovar, experimentar algum vinho que não encontra facilmente ou que não vendem na loja de vinhos que você freqüenta. Dificilmente um único rótulo harmonizará perfeitamente com todos os pratos da mesa, mas essa é outra oportunidade para você provar novas harmonizações.

3- Preste atenção na organização da carta de vinhos:

Geralmente você pode encontrar a carta organizada por variedades, por preço, por países. Uma forma mais fácil de escolher seu vinho é quando a carta de vinhos está organizada dos vinhos mais leves aos mais corpulentos, ou quando são colocados de acordo com as características, por exemplo, se eles são mais frutados ou mais florais.  

segunda-feira, 20 de junho de 2011

8 dicas para comprar vinhos sem ser enganado.



Seguramente alguma vez você já comprou uma garrafa que prometia, mas depois resultou ser uma decepção... Para evitar que isso aconteça tente seguir essas dicas:

1. Nunca compre a garrafa que está na vitrine: Se oferecerem para você a garrafa que tem ficado exposta ao sol e a luz é muito provável que o vinho esteja oxidado e estragado. Também procure evitar as garrafas que ficaram muito expostas às lâmpadas das prateleiras. Sempre é melhor levar a garrafa que está em um local climatizado.

2. Revise a rolha: Muitos rótulos de vários anos parecem em bom estado, mas na hora de bebê-los já estão oxidados. Para evitar problemas, o indicado é tirar a etiqueta que cobre a rolha e revisar que ela esteja em bom estado e que nada de liquido tenha se infiltrado.

3. Não compre garrafas esquentadas: Na hora da compra toque a garrafa, ela não pode ter uma temperatura superior a sua sensação térmica.

4. Observe a etiqueta: A imagem é muito importante e a etiqueta de cada garrafa fala do que tem dentro dela. Se a etiqueta estiver danificada ou com as cores modificadas foi porque ela ficou ao sol, portanto o vinho não estará em boas condições. Procure pegar as garrafas que ficam no fundo das prateleiras já que elas são as menos expostas.

5. Procure a garrafa que não tenha pó nos ombros: Teoricamente, a garrafa deve permanecer deitada para que a rolha não seque. Nesse caso o pó se encontrará em algum ponto do cilindro, mas se tem pó nos ombros é sinal de que ela ficou um tempo em pé.

6. Escolha as safras mais recentes: Se você não for gastar muito, ou seja, se for comprar um vinho que não é de guarda, tente comprar os vinhos de safras mais próximas. Os vendedores quase sempre preferem eliminar primeiro as garrafas mais velhas. Além disso, o tempo e o armazenamento inadequado aumentam as possibilidades de que o vinho esteja estragado

7. Não suponha que o mais caro é o melhor: É comum pensar que os vinhos mais caros sejam os melhores, mas o indicado é ter a maior quantidade de informação possível como: produtor, região, procedência das uvas e processo de elaboração e guarda antes de fazer uma compra cara.

8. Tenha especial cuidado quando se compra vinho em sites de compra coletiva: Você não tem como conferir as condições do produto, ou saber detalhes que um site especializado, ou a própria vinícola saberia te informar. Aproveite a internet para pesquisar sobre o produto antes de comprar.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Pinot Noir



A variedade Pinot Noir é originária da Borgonha, França. Boa parte dos vinhos mais famosos e caros da França são elaborados com Pinot Noir, que é também a variedade mais utilizada como base, na elaboração de espumantes.
A variedade se dá quase exclusivamente em climas frios. A produção se destaca em Oregon e Califórnia nos Estados Unidos, na África do Sul, França, Patagônia argentina e Nova Zelândia. A uva Pinot Noir tem cachos pequenos, suave polpa e de cor quase preta.
Os vinhos se caracterizam por serem elegantes e possuírem uma estrutura onde os taninos notam-se levemente. Em vista, o Pinot Noir, possui uma cor singular, entre o rubi e o violeta, mas é um pouco opaco, e conforme os anos vão passando vai se tornando uma cor mais perto do ocre. Os aromas que podemos distinguir são de amoras, ameixas, cerejas e trufas. Em boca o sabor é fresco, sutil, com toques frutados e equilibrados em acidez, sem ser um vinho agressivo ao paladar.

Os vinhos Pinot Noir são ideais para harmonizar aves, como frango ou pato, também com peixes como salmão e peixes de água doce, especialmente se preparados ao vapor. Lembrem-se que o objetivo da harmonização é manter um equilíbrio entre a comida e o vinho, para evitar que um dos dois seja atenuado.

A temperatura ideal para servir os vinhos Pinot Noir é entre 14° e 15° graus, mas se tiver um vinho de mais de 8 anos, pode servi-lo a 16°.


segunda-feira, 6 de junho de 2011

Carménère no Chile



A associação de uma região com uma variedade de uva é uma caraterística da viticultura, no passado essa identificação surgia naturalmente, especialmente na Europa.
As regiões francesas são as que apresentam a maior e mais antiga identificação com diversas variedades, como por exemplo podemos associar o Petit Verdot, o Cabernet Sauvignon com Burdeos. Ou na Espanha o Tempranillo.
No "Novo Mundo" temos procurado também a identificação com uma variedade emblemática.
Como é o Malbec na Argentina, o Tannat no Uruguay, ou o Pinotage na África do Sul. Até fins do século XX, o Chile não tinha uma variedade emblemática que o identificasse mundialmente do jeito que hoje faz o Carménère.

A variedade é originária dos vinhedos de Medoc, na França. Na segunda metade do século XIX, o Carménère era exclusivamente cultivado em Medoc, mas depois da praga da filoxera a superfície cultivada diminuiu rapidamente, chegando a sua extinção. Na França, por causa da praga houve a necessidade de substituir os vinhedos de Carménère por outra variedade mais resistente, o Merlot. 

Em 1991, o francés Claude Valat, em visita ao Chile apontou que a variedade denominada Merlot no Chile não correspondia a essa e que possivelmente se tratasse do Cabernet Franc. A descoberta se manteve em segredo, já que poderia ter trazido problemas nos mercados de destino das exportacoes chilenas.
Porém começou-se uma importante pesquisa para chegar ao resultado: Os vinhedos de Merlot eram vinhedos de Carménère. A partir desse momento o objetivo seria estudar a variedade, seu cultivo, melhorá-la e converter a uva Carménère no emblema dos vinhos chilenos. No começo houve um forte rechazo por parte dos empresários do setor, mudar os rótulos de Merlot por Carménère traria alguns problemas, mas o trabalho da Universidade Católica do Chile, que apontou sempre as qualidades da variedade e a vantagem de ter uma variedade emblema, ajudou a mudar a ideologia local do empresariado.
Foi feito um excelente trabalho de marketing e com o tempo os vinhedos de Carménère foram aumentando no país, enquanto que os vinhedos de Merlot se mantiveram, mas quase sem aumentar a superfície cultivada. 

A variedade Carménère tem uma maduração relativamente tardía, similar ao Cabernet Sauvignon e ao Cabernet Franc, pelo qual não apresenta muita sensibilidade frente as geadas tardías de primavera.


quarta-feira, 1 de junho de 2011

África do Sul


Nos últimos anos mais de 40% dos vinhedos na África do Sul foram replantados com o objetivo de realinhar seus produtos para competir globalmente, passando de um volume de produção para o cultivo de uvas nobres para vinhos de qualidade. Nos últimos quatro anos, os viticultores começaram a plantar mais variedades brancas do que tintas.

Variedades nobres, que foram cultivadas cada vez mais nos últimos anos, incluem Sauvignon Blanc e Chardonnay, que produz vinhos de alta classe branca, e Shiraz e Pinot Noir. Uma parte significativa das vinhas de variedades tintas são actualmente muito jovens - 41,3% são menores de 10 anos.

Embora a maioria das variedades de videira cultivadas aqui hoje foram originalmente importados, até agora seis cruzamentos local foram liberados. A mais conhecida delas é a variedade vermelha, Pinotage, um cruzamento entre Pinot Noir e Hermitage (Cinsaut), que, mais recentemente, é cultivada localmente em uma escala bastante grande.


A região de Worcester tem 9% e a Região Breedekloof 12%, seguido de Paarl (16%), Stellenbosch (17%), Malmesbury e Robertson (14%), Rio Olifants (10%), Rio Orange (5%) e Little Karoo (3%).

A região de Worcester também produz mais vinho (28%), seguido pelo Rio Olifants (17%), Robertson (16%), Paarl (12%), Stellenbosch (12%), Malmesbury (7%), Rio Orange (5 %) e Little Karoo (2%).

Entre as variedades tintas mais cultivadas encontramos:

Cinsaut - Anteriormente conhecida como Hermitage.Variedade muito versatil para cortes. Uma das variedades tintas mais plantadas na África do Sul, mas no último tempo a área de vinha tem diminuído, já que foi substituída por variedades mais nobres.

Grenache (Noir) - Uma das variedades mais importantes da Espanha, onde é conhecida como Garnacha, esta uva é resistente à seca do vento e do sol.

Cabernet Franc - Relacionada com a Cabernet Sauvignon, essa variedade é geralmente mais suave, tem um menor teor de açúcar e contém menos álcool. A área de vinha é ainda pequena, mas crescente.

Cabernet Sauvignon - Uma variedade cada vez mais significativo no Cabo, é a variedade mais importante da região de Bordeaux, da França.

Pinot Noir - O rei da Borgonha. Embora ainda não muito plantada, esta variedade já está produzindo vinhos de excelente qualidade nas áreas mais frias da África do Sul. Vinhos tendem a ser mais leves em cores com diferentes sabores e aromas vegetais. Uma grande parte é utilizada nos vinhos espumantes Cap Classique.

Pinotage - Uma cruza local entre Pinot Noir e Cinsaut (Hermitage), criado pelo professor Abraham Perold em 1925, esta variedade combina as características nobres da antiga com a confiabilidade deste último. Com grandes avanços na elaboração de Pinotage, a variedade própria da África do Sul está rapidamente ganhando aceitação a nível mundial.

Roobernet - Uma cruz local feita em 1960 entre Cabernet Sauvignon e Pontac, resiste muito bem a doenças.

E as variedades brancas:

Cape Riesling (Crouchen Blanc) - A variedade foi erroneamente considerada por muitos anos como Weisser Riesling (Rhine Riesling), mas foi mais tarde identificada como o Monte Crouchen da França. Um portador tímido que pode produzir qualidade de vinhos brancos com um bouquet delicado e frutado.

Chardonnay -Nativo da Borgonha, esta variedade é amplamente plantada em todo o Novo Mundo. Localmente, muita experimentação vem ocorrendo com a fermentação e envelhecimento em barril de carvalho, e excelentes vinhos em vários estilos estão sendo elaborados.

Chenel - Um cruzamento local entre o Chenin Blanc e Ugni Blanc, que produz um vinho branco de qualidade razoável.

Chenin Blanc (Steen) - A variedade mais cultivada na província do Cabo, os produtores estão levantando o padrão para novos níveis. Caracterizado pela sua versatilidade, Chenin Blanc produz bons vinhos naturais. Ele também é usado para a destilação de aguardente e bebidas espirituosas.

Nouvelle - Essa uva, um cruzamento de Ugni Blanc (Trebbiano) e Semillon foi desenvolvido na África do Sul pelo professor CJ Orffer da Universidade de Stellenbosch. Produz vinhos com um forte carácter apimentado e aroma de gramado.

Sauvignon Blanc - Em combinação com Semillon e Muscadel estas uvas produzem alguns dos vinhos mais excepcionais branco de Bordeaux, incluindo a doce Sauternes e seco Graves. Extensivamente plantadas no século 18, a Sauvignon Blanc já recuperou popularidade e aumentou consideravelmente a sua quota de plantações. Há alguns exemplos de liderança local, que tem atraído a atenção internacional.

Semillon (Uva Verde) - Localmente, alguns dos mais importantes vinhos varietais são produzidos a partir desta casta que outrora representavam 93% de todas as vinhas do Cabo e agora representa apenas cerca de 1%.

Weisser Riesling (Rhine Riesling) - se adaptou bem ao solo da África do Sul e ao clima. Os vinhos têm um nariz com mel picante e uma doçura florida.


quarta-feira, 25 de maio de 2011

Colheita do Ice wine no Canadá


O Canadá é pioneiro na elaboração do Ice wine, vinho de sobremesa feito com as uvas congeladas numa temperatura abaixo dos 8°C negativos.

Hoje o Canadá tem até uma região vinícola de origem controlada, a VQA (Viniters Quality Alliance), produz mais de 885 mil litros de icewine por safra, e a elaboração deste vinho ícone segue uma série de regras. A colheita só pode começar quando a temperatura se mantém a, no mínimo, 8ºC negativos. Na Alemanha e na Áustria, o mínimo permitido é 7ºC negativos. O Canadá adota normas mais rígidas como forma de se destacar dos produtores tradicionais.

Não percam o video da colheita!


terça-feira, 24 de maio de 2011

Argentina




A superfície de videiras cultivadas na Argentina alcança os 228.575 ha.  Sendo o 5° produtor mundial de vinhos. Nos últimos anos observou-se um aumento das variedades de vinificar sobre as variedades de uva de mesa. Chegando a ter o 93% da superfície do país com variedades para vinificar. Dentro delas destacam-se entre as tintas: Malbec, Bonarda, Cabernet Sauvignon, Syrah, Merlot,Tempranillo, Pinot Noir, entre outras, e as brancas: Torrontés Riojano, Pedro Giménez, Chardonnay, Semillón, Viognier, Sauvignon Blanc, Ugni Blanc. 
A Cordilheira dos Andes custodia os vinhedos argentinos desde Salta, ao norte, ate Rio Negro ao sul do país: As regiões produtoras de maior relevância são 5 e cada uma delas tem características típicas dos diferentes Terroirs do país. A tendência é destacar a personalidade dos vinhos associando sua identidade ao local de origem.  As 5 regioes mais importantes são:  Mendoza: Com a maior parte do cultivo (146.000 ha), San Juan:a proximadamente aos 650 metros do nível do mar e muito sol. La Rioja com 8.000 ha. de vinhedo. Norte Argentino: concentrado nos Valles Calchaquíes, aos 1500 metros do nível do mar, com Cafayate como a zona de maior produção. Rio Negro e Neuquen, na Patagônia: com o clima propicio para o cultivo de variedades como Pinot Noir e Merlot.




segunda-feira, 23 de maio de 2011

Mendoza, Argentina



Mendoza, é a província argentina que tem a maior superfície cultivada com videiras, esta área encontra-se próximo ao rio Mendoza, de solos profundos, pouco férteis e com muitas diferenças na sua composição (em algumas áreas é muito pedregoso, em outras argiloso).
Encontramos em Mendoza várias zonas vitivinícolas, as três principais são: Lujan de Cujo, Maipú e Valle de Uco.

Em Lujan de Cuyo os vinhedos encontram-se na ladeira da Cordilheira dos Andes, entre 650 e 1000 metros do nível do mar, dependendo da área.  Os vinhedos são irrigados pelo degelo da Cordilheira que desce pelo Rio Mendoza. O clima é árido, com chuvas muito escassas, pouca humidade e ventos moderados.
Em Maipú, encontramos uma altura média de 700 metros do nível do mar e uma das regiões mais produtivas do país em quantidade de quilos de uva.
Mais ao sul da província, chegamos ao Valle de Uco, onde a amplitude térmica (20° C aproximadamente entre o dia e a noite) favorece o cultivo da vid e claro, o produto final, já que iremos obter vinhos com marcante cor e taninos, que serão mais aptos para a guarda e terão um interessante envelhecimento. A composição mineral do solo nesta região (uma camada superficial de areia, argila e limo, pobre em matéria orgânica e rica em materiais calcários) impede que as vides cheguem a ter vigor, portanto são solos ótimos para a elaboração de vinhos de alta qualidade.

Não deixe de visitar Mendoza e apreciar os seus vinhos!
                                                              Inverno em Mendoza

domingo, 22 de maio de 2011

A uva Tannat foi introduzida no Uruguai em 1870 por imigrantes bascos e se transformou na "variedade nacional", adaptando-se perfeitamente ao solo e clima locais.