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terça-feira, 28 de junho de 2011

Quando o vinho esta em mal estado?


Aqui mencionamos alguns cheiros que nos indicam que um vinho sofreu algumas modificações e não esta no estado ótimo para bebê-lo.

Quando abrimos uma garrafa nos preparamos para sentir aromas agradáveis, característicos da bebida. Então, o que acontece se a garrafa que abrimos cheira a ovo podre ou xarope para a tosse?

Não é necessário ter conhecimentos muito profundos para perceber se o vinho esta bom ou não. Preste atenção nas dicas da especialista americana Mary Orlin:

1. Jerez:
Se o vinho tem cheiro de Jerez ou de nozes velhas quer dizer que esta oxidado. Isso pode ser conseqüência de não ter sido guardado no lugar certo ou que ele foi exposto a altas temperaturas. Também podemos reparar na cor, se ele esta mais perto de um vermelho- laranja para um vinho tinto, ou de um dourado para um vinho branco, foi por causa do calor.

2. Vinagre:
Neste caso apenas ao abrir a garrafa vai perceber um cheiro de vinagre ou de acetona para as unhas, é por causa de alterações bacterianas e é melhor trocar de garrafa.

3. Ovo podre:
Por causa da presença de sulfuro, é mais difícil, mas pode acontecer que em alguns países a vinícola utilize um excesso de sulfuro na elaboração do vinho para evitar a formação de micróbios.

4. Xarope para a tosse:
A brettanomyces é uma levedura utilizada na elaboração de bebidas alcoólicas como vinho e cerveja. O cheiro dela é parecido com o de xarope para a tosse.

5. Rolha:
Encontramos esse cheiro quando a rolha esta infectada pela bactéria (conhecida como TCA). Se bebermos esse vinho não fará mal para a saúde, mas o cheiro não é agradável.

6. Fósforo:
Quando abrimos uma garrafa e o vinho tem o cheiro de um fósforo recém acendido, a culpa é dos sulfitos, que são adicionados ao vinho para evitar o desenvolvimento de bactérias. Acontece mais comumente quando o vinho é recém engarrafado.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Como pedir vinho num restaurante, em 3 passos:


1- Consulte ao sommelier:

Muita vezes acontece que por vergonha as pessoas acabam pedindo o mesmo rótulo de sempre ou o mesmo vinho que consomem em casa e já conhecem. Não sinta vergonha de fazer perguntas, é para isso que os restaurantes têm uma pessoa especializada no salão. Eles estarão dispostos a ajudar você na escolha de um vinho que acompanhe corretamente o seu prato.

2- Tente sair das estruturas:

Você pode inovar, experimentar algum vinho que não encontra facilmente ou que não vendem na loja de vinhos que você freqüenta. Dificilmente um único rótulo harmonizará perfeitamente com todos os pratos da mesa, mas essa é outra oportunidade para você provar novas harmonizações.

3- Preste atenção na organização da carta de vinhos:

Geralmente você pode encontrar a carta organizada por variedades, por preço, por países. Uma forma mais fácil de escolher seu vinho é quando a carta de vinhos está organizada dos vinhos mais leves aos mais corpulentos, ou quando são colocados de acordo com as características, por exemplo, se eles são mais frutados ou mais florais.  

segunda-feira, 20 de junho de 2011

8 dicas para comprar vinhos sem ser enganado.



Seguramente alguma vez você já comprou uma garrafa que prometia, mas depois resultou ser uma decepção... Para evitar que isso aconteça tente seguir essas dicas:

1. Nunca compre a garrafa que está na vitrine: Se oferecerem para você a garrafa que tem ficado exposta ao sol e a luz é muito provável que o vinho esteja oxidado e estragado. Também procure evitar as garrafas que ficaram muito expostas às lâmpadas das prateleiras. Sempre é melhor levar a garrafa que está em um local climatizado.

2. Revise a rolha: Muitos rótulos de vários anos parecem em bom estado, mas na hora de bebê-los já estão oxidados. Para evitar problemas, o indicado é tirar a etiqueta que cobre a rolha e revisar que ela esteja em bom estado e que nada de liquido tenha se infiltrado.

3. Não compre garrafas esquentadas: Na hora da compra toque a garrafa, ela não pode ter uma temperatura superior a sua sensação térmica.

4. Observe a etiqueta: A imagem é muito importante e a etiqueta de cada garrafa fala do que tem dentro dela. Se a etiqueta estiver danificada ou com as cores modificadas foi porque ela ficou ao sol, portanto o vinho não estará em boas condições. Procure pegar as garrafas que ficam no fundo das prateleiras já que elas são as menos expostas.

5. Procure a garrafa que não tenha pó nos ombros: Teoricamente, a garrafa deve permanecer deitada para que a rolha não seque. Nesse caso o pó se encontrará em algum ponto do cilindro, mas se tem pó nos ombros é sinal de que ela ficou um tempo em pé.

6. Escolha as safras mais recentes: Se você não for gastar muito, ou seja, se for comprar um vinho que não é de guarda, tente comprar os vinhos de safras mais próximas. Os vendedores quase sempre preferem eliminar primeiro as garrafas mais velhas. Além disso, o tempo e o armazenamento inadequado aumentam as possibilidades de que o vinho esteja estragado

7. Não suponha que o mais caro é o melhor: É comum pensar que os vinhos mais caros sejam os melhores, mas o indicado é ter a maior quantidade de informação possível como: produtor, região, procedência das uvas e processo de elaboração e guarda antes de fazer uma compra cara.

8. Tenha especial cuidado quando se compra vinho em sites de compra coletiva: Você não tem como conferir as condições do produto, ou saber detalhes que um site especializado, ou a própria vinícola saberia te informar. Aproveite a internet para pesquisar sobre o produto antes de comprar.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Pinot Noir



A variedade Pinot Noir é originária da Borgonha, França. Boa parte dos vinhos mais famosos e caros da França são elaborados com Pinot Noir, que é também a variedade mais utilizada como base, na elaboração de espumantes.
A variedade se dá quase exclusivamente em climas frios. A produção se destaca em Oregon e Califórnia nos Estados Unidos, na África do Sul, França, Patagônia argentina e Nova Zelândia. A uva Pinot Noir tem cachos pequenos, suave polpa e de cor quase preta.
Os vinhos se caracterizam por serem elegantes e possuírem uma estrutura onde os taninos notam-se levemente. Em vista, o Pinot Noir, possui uma cor singular, entre o rubi e o violeta, mas é um pouco opaco, e conforme os anos vão passando vai se tornando uma cor mais perto do ocre. Os aromas que podemos distinguir são de amoras, ameixas, cerejas e trufas. Em boca o sabor é fresco, sutil, com toques frutados e equilibrados em acidez, sem ser um vinho agressivo ao paladar.

Os vinhos Pinot Noir são ideais para harmonizar aves, como frango ou pato, também com peixes como salmão e peixes de água doce, especialmente se preparados ao vapor. Lembrem-se que o objetivo da harmonização é manter um equilíbrio entre a comida e o vinho, para evitar que um dos dois seja atenuado.

A temperatura ideal para servir os vinhos Pinot Noir é entre 14° e 15° graus, mas se tiver um vinho de mais de 8 anos, pode servi-lo a 16°.


segunda-feira, 6 de junho de 2011

Carménère no Chile



A associação de uma região com uma variedade de uva é uma caraterística da viticultura, no passado essa identificação surgia naturalmente, especialmente na Europa.
As regiões francesas são as que apresentam a maior e mais antiga identificação com diversas variedades, como por exemplo podemos associar o Petit Verdot, o Cabernet Sauvignon com Burdeos. Ou na Espanha o Tempranillo.
No "Novo Mundo" temos procurado também a identificação com uma variedade emblemática.
Como é o Malbec na Argentina, o Tannat no Uruguay, ou o Pinotage na África do Sul. Até fins do século XX, o Chile não tinha uma variedade emblemática que o identificasse mundialmente do jeito que hoje faz o Carménère.

A variedade é originária dos vinhedos de Medoc, na França. Na segunda metade do século XIX, o Carménère era exclusivamente cultivado em Medoc, mas depois da praga da filoxera a superfície cultivada diminuiu rapidamente, chegando a sua extinção. Na França, por causa da praga houve a necessidade de substituir os vinhedos de Carménère por outra variedade mais resistente, o Merlot. 

Em 1991, o francés Claude Valat, em visita ao Chile apontou que a variedade denominada Merlot no Chile não correspondia a essa e que possivelmente se tratasse do Cabernet Franc. A descoberta se manteve em segredo, já que poderia ter trazido problemas nos mercados de destino das exportacoes chilenas.
Porém começou-se uma importante pesquisa para chegar ao resultado: Os vinhedos de Merlot eram vinhedos de Carménère. A partir desse momento o objetivo seria estudar a variedade, seu cultivo, melhorá-la e converter a uva Carménère no emblema dos vinhos chilenos. No começo houve um forte rechazo por parte dos empresários do setor, mudar os rótulos de Merlot por Carménère traria alguns problemas, mas o trabalho da Universidade Católica do Chile, que apontou sempre as qualidades da variedade e a vantagem de ter uma variedade emblema, ajudou a mudar a ideologia local do empresariado.
Foi feito um excelente trabalho de marketing e com o tempo os vinhedos de Carménère foram aumentando no país, enquanto que os vinhedos de Merlot se mantiveram, mas quase sem aumentar a superfície cultivada. 

A variedade Carménère tem uma maduração relativamente tardía, similar ao Cabernet Sauvignon e ao Cabernet Franc, pelo qual não apresenta muita sensibilidade frente as geadas tardías de primavera.


quarta-feira, 1 de junho de 2011

África do Sul


Nos últimos anos mais de 40% dos vinhedos na África do Sul foram replantados com o objetivo de realinhar seus produtos para competir globalmente, passando de um volume de produção para o cultivo de uvas nobres para vinhos de qualidade. Nos últimos quatro anos, os viticultores começaram a plantar mais variedades brancas do que tintas.

Variedades nobres, que foram cultivadas cada vez mais nos últimos anos, incluem Sauvignon Blanc e Chardonnay, que produz vinhos de alta classe branca, e Shiraz e Pinot Noir. Uma parte significativa das vinhas de variedades tintas são actualmente muito jovens - 41,3% são menores de 10 anos.

Embora a maioria das variedades de videira cultivadas aqui hoje foram originalmente importados, até agora seis cruzamentos local foram liberados. A mais conhecida delas é a variedade vermelha, Pinotage, um cruzamento entre Pinot Noir e Hermitage (Cinsaut), que, mais recentemente, é cultivada localmente em uma escala bastante grande.


A região de Worcester tem 9% e a Região Breedekloof 12%, seguido de Paarl (16%), Stellenbosch (17%), Malmesbury e Robertson (14%), Rio Olifants (10%), Rio Orange (5%) e Little Karoo (3%).

A região de Worcester também produz mais vinho (28%), seguido pelo Rio Olifants (17%), Robertson (16%), Paarl (12%), Stellenbosch (12%), Malmesbury (7%), Rio Orange (5 %) e Little Karoo (2%).

Entre as variedades tintas mais cultivadas encontramos:

Cinsaut - Anteriormente conhecida como Hermitage.Variedade muito versatil para cortes. Uma das variedades tintas mais plantadas na África do Sul, mas no último tempo a área de vinha tem diminuído, já que foi substituída por variedades mais nobres.

Grenache (Noir) - Uma das variedades mais importantes da Espanha, onde é conhecida como Garnacha, esta uva é resistente à seca do vento e do sol.

Cabernet Franc - Relacionada com a Cabernet Sauvignon, essa variedade é geralmente mais suave, tem um menor teor de açúcar e contém menos álcool. A área de vinha é ainda pequena, mas crescente.

Cabernet Sauvignon - Uma variedade cada vez mais significativo no Cabo, é a variedade mais importante da região de Bordeaux, da França.

Pinot Noir - O rei da Borgonha. Embora ainda não muito plantada, esta variedade já está produzindo vinhos de excelente qualidade nas áreas mais frias da África do Sul. Vinhos tendem a ser mais leves em cores com diferentes sabores e aromas vegetais. Uma grande parte é utilizada nos vinhos espumantes Cap Classique.

Pinotage - Uma cruza local entre Pinot Noir e Cinsaut (Hermitage), criado pelo professor Abraham Perold em 1925, esta variedade combina as características nobres da antiga com a confiabilidade deste último. Com grandes avanços na elaboração de Pinotage, a variedade própria da África do Sul está rapidamente ganhando aceitação a nível mundial.

Roobernet - Uma cruz local feita em 1960 entre Cabernet Sauvignon e Pontac, resiste muito bem a doenças.

E as variedades brancas:

Cape Riesling (Crouchen Blanc) - A variedade foi erroneamente considerada por muitos anos como Weisser Riesling (Rhine Riesling), mas foi mais tarde identificada como o Monte Crouchen da França. Um portador tímido que pode produzir qualidade de vinhos brancos com um bouquet delicado e frutado.

Chardonnay -Nativo da Borgonha, esta variedade é amplamente plantada em todo o Novo Mundo. Localmente, muita experimentação vem ocorrendo com a fermentação e envelhecimento em barril de carvalho, e excelentes vinhos em vários estilos estão sendo elaborados.

Chenel - Um cruzamento local entre o Chenin Blanc e Ugni Blanc, que produz um vinho branco de qualidade razoável.

Chenin Blanc (Steen) - A variedade mais cultivada na província do Cabo, os produtores estão levantando o padrão para novos níveis. Caracterizado pela sua versatilidade, Chenin Blanc produz bons vinhos naturais. Ele também é usado para a destilação de aguardente e bebidas espirituosas.

Nouvelle - Essa uva, um cruzamento de Ugni Blanc (Trebbiano) e Semillon foi desenvolvido na África do Sul pelo professor CJ Orffer da Universidade de Stellenbosch. Produz vinhos com um forte carácter apimentado e aroma de gramado.

Sauvignon Blanc - Em combinação com Semillon e Muscadel estas uvas produzem alguns dos vinhos mais excepcionais branco de Bordeaux, incluindo a doce Sauternes e seco Graves. Extensivamente plantadas no século 18, a Sauvignon Blanc já recuperou popularidade e aumentou consideravelmente a sua quota de plantações. Há alguns exemplos de liderança local, que tem atraído a atenção internacional.

Semillon (Uva Verde) - Localmente, alguns dos mais importantes vinhos varietais são produzidos a partir desta casta que outrora representavam 93% de todas as vinhas do Cabo e agora representa apenas cerca de 1%.

Weisser Riesling (Rhine Riesling) - se adaptou bem ao solo da África do Sul e ao clima. Os vinhos têm um nariz com mel picante e uma doçura florida.